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Os Nossos Vinhos

Quando se fala de vinhos do Douro – e dos seus habitantes – pensa-se sempre que “toda a gente faz vinho”.

A frase não é 100 % verdadeira mas também não é 100 % falsa.

Qualquer residente da região do Douro, seja Alto Corgo, Baixo Corgo ou Douro Superior, que possua uma pequena propriedade de certeza que já fez alguma experiência com as uvas que plantou no seu terreno.

Muitas vezes esse “vinho” é dado a provar a amigos e conhecidos, outras vezes é consumido pelos próprios – contudo poucos chegam a receber um rótulo e uma rolha.

Na Quinta do Carrenho isso também aconteceu. Primeiro com Vindimas “naturais”, depois com vindimas “controladas”… primeiro com cubas de inox e depois com pipas de carvalho francês.

Todo o processo foi acontecendo – tendo culminado, no ano de 2001, com os primeiros vinhos Dona Berta – Dona Berta Reserva Tinto 2001 e Dona Berta Vinhas Velhas Rabigato 2001.

Passados 20 anos mantemos a mesma assinatura, talvez mais “redonda” e com menos “impurezas”, mas na essência os mesmos vinhos.

Falamos dos nossos vinhos Assinatura, que nos continuam a acompanhar nos dias de hoje.

  1. Dona Berta Vinhas Velhas Reserva Branco Rabigato

Um monocasta 100% Rabigato, uma casta que sempre foi usada no Douro para blend de Vinhos Brancos, mas que a partir de 2001 decidimos que o iriamos deixar brilhar a “solo”.

O resultado é o que se conhece – o fenómeno Rabigato virou moda e neste momento já são muitos os produtores que apostam nesta casta como monovarietal.

O Rótulo de Rabigato, Vintage de 2018

Neste momento falar dos nossos Vinhos é falar do nosso Rabigato – uma casta que foi tão querida para o nosso Fundador – o qual muitas vezes era tratado de forma amigável por “Sr. Rabigato”.

É um vinho produzido todos os anos, a partir das melhores uvas de Rabigato, que são apanhadas na nossa Quinta do Carrenho.

O marco com a indicação de talhão com uvas de Rabigato

2. Dona Berta Reserva Tinto

Trata-se de um blend com as castas típicas da região do Douro – Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz, Tinta Barroca e Tinto Cão – sendo um vinho que é produzido por nós anualmente desde o ano de 2001 (para fins “comerciais”).

Contudo este vinho já é produzido por nós desde o ano de 1980, quando o nosso Fundador começou a perceber que as uvas da nossa Quinta tinham um potencial inegualável.

E tinha razão – com um terroir único, exposição solar ideal, zona de vale que permite equilibrar as temperaturas extremas da região e reter a pouca água que cai no Douro Superior – tudo isto são fatores que nos permitem ter um vinho tinto blend notável.

É também uma das nossas assinaturas – sendo um vinho que é produzido anualmente por nós.

O nosso Lagar – onde anualmente são pisadas as nossas uvas tintas (para produção do Reserva, Tinto Cão e Sousão)

3. Dona Berta Vinha Centenária Reserva Tinto

O Vinha Centenária ‘Reserva’ Tinto foi o terceiro vinho produzido por nós.

Quando foi lançado, no ano de 2005, recebeu o nome “Vinhas Velhas” – mas após uma sugestão do crítico João Paulo Martins – foi rebatizado com o nome de Vinha Centenária.

A sugestão, nesta altura, parece lógica – mas foi preciso um empurrão por parte do JPM para percebermos o que tínhamos em mão.

Imagens valem mais que mil palavras…e a origem do nome é mais do que clara – os 100 anos de idade que as cepas possuem.

As famosas vinhas centenárias – que estão na origem dos nossos dois Vinha Centenária

Esta imagem tornou-se quase um ícone – uma luta entre a natureza e o tempo que nem a Filoxera conseguiu vencer.

Este vinho possui castas tão únicas como o Casculho, Cornifesto ou Tinta Bastardinha, e outras mais quem nem o prórpio IVDP consegue identificar.

Produzimos aproximadamente 1200 garrafas, todas numeradas individualmente, sendo que apenas em anos fantásticos este vinho é produzido.

4. Dona Berta Vinha Centenária Reserva Branco

Muita das informações do Vinha Centenária Tinto aplicam-se a este vinho – contudo, ao contrário do VC Tinto, o VC Branco possui um pouco de “juventude” na sua génese.

Para além de uvas centenárias este vinho possui também uvas de Rabigato, Malvasia e Malvasia Fina. Além disso, e ao contrário do Rabigato, tem um leve estágio em Barrica de Carvalho francês – dando um toque baunilhado e um arredondamento que são inconfundíveis.

A origem do Vinha Centenária Branco

5 e 6. Dona Berta Sousão Reserva e Dona Berta Tinto Cão Reserva

Depois do sucesso do Rabigato, monovarietal, e do blend de Tinto começamos a fazer “experiências” com as castas que temos plantadas na nossa Quinta.

Um exemplo disso são os monovarietais de Tinto Cão e de Sousão.

De origens bastante diferentes têm na sua génese apenas um tipo de uva.

No caso do Sousão as uvas de Sousão, uma casta tintureira muito usada para dar cor ao blend de Tintos, chamada de Vinhão da região do Minho.

No caso do Tinto Cão as uvas de Tinto Cão, uma casta com muito pouco sumo mas com muitas grainhas (uma uva pequena tem até 4 grainhas) – dando um corpo tremendo a um blend, com taninos que nunca mais acabam.

São vinhos que pedem pratos fortes e intensos – um arroz de cabidela ou uma Lampreia à bordalesa – dando um toque especial a qualquer uma destas refeições.

O companheiro ideal do Sousão – Lampreia à Bordalesa – pelo Chef Toninho

7. Dona Berta Espumante Bruto Reserva Rabigato

O que começou por ser uma graça acabou a ser uma experiência bem sucedida.

No último ano do Eng. Hernâni, antes de nos deixar, decidiu fazer Espumante de Rabigato. “A uva tem a acidez certa e com “bolhas” o resultado final só poderá ser bom” comentou durante a Vindima de 2011.

A verdade é que tinha razão, só temos pena que não tenha vivido para provar o resultado final.

Feito a partir de uma base de Rabigato – onde foram recolhidas as uvas mais ácidas da nossa Quinta procedeu-se depois a uma segunda fermentação em garrafa pelo método clássico.

A temperatura de fermentação em cave foi da ordem dos 14 a 15 º C e após a sua conclusão o vinho manteve-se em contacto com o sedimento das leveduras durante um ano – para melhorar a cremosidade da textura de boca e complexidade aromática.

O resultado é um vinho com uma cor amarelo citrino e o aspecto cristalino.

A bolha é muito fina, com longa persistência e formando anel na parede da flute. O aroma é muito delicado sobressaindo a mineralidade e discretas notas de brioche. Na boca brilham a leveza, frescura e final muito agradável.

Só uma mistura perfeita de factores nos permite fazer um Espumante Dona Berta. Em 2011 e 2017 isso aconteceu

Em 2011, ano vintage no Douro, este vinho voou.

Neste momento temos no mercado o Vintage de 2017 (lançado no início de 2020, ano de pandemia).

Este vinho é feito apenas em anos excecionais – e apenas se existirem uvas que o permitam fazer.

8. Dona Berta Azeite Extra Virgem

Detentores de oliveiras – não poderíamos fugir da tradição de apanhar azeitona.

Este acto é feito desde o início do projecto – contudo também aqui foi o tempo a dizernos que fazia sentido produzir comercialmente este produto – um azeite extra virgem, com menos de 0,1 % de acidez, produzido em exclusivo a partir das nossas Oliveiras.

Na base da excelência do Azeite Virgem Extra Dona Berta está a qualidade das azeitonas que o originam – árvores velhas, algumas com mais de 100 anos, predominantemente Verdeais, mas também Cobrançosas, Galegas e Madurais.

Naturalmente que não existe produto final de qualidade sem matéria-prima, ainda mais quando estamos a falar de sumo de fruta, como é o caso do Azeite Virgem Extra Dona Berta.

Por isso, desde a colheita, e mesmo antes desta, que as oliveiras e os seus frutos são alvo das maiores atenções e cuidados. O momento próprio de apanha das azeitonas e o modo eficaz e rápido como são levadas até ao lagar permitem a extração dos azeites a partir de frutos frescos.

Depois são as máquinas que, sob vigilância atenta, trabalham nas mais rigorosas e seguras condições de higiene e a baixas temperaturas, com o intuito de manter todos os dons com que a natureza, sabiamente, soube dotar os azeites da região.

Obtido a partir de azeitonas sãs, maduras e verdes, o Azeite Virgem Extra Dona Berta apresenta-se bastante frutado, complexo, ligeiramente verde, amargo e picante, com notas predominantes de frutos secos, nomeadamente amêndoa, caraterísticas que lhe advêm das cultivares, das condições climatéricas e dos solos do terroir.

Parte do olival encontra-se a limitar a nossa Quinta do Carrenho

Sob o ponto de vista gastronómico, o Azeite Virgem Extra Dona Berta pode ser utilizado de modos diversos, tanto em cru, saladas e molhos, como em pratos de sabor delicado, marisco e peixes brancos, como em grelhados (de carne ou peixe) ou em assados e receitas de caça.

Um produto que recomendamos vivamente – e um companheiro ideal numa boa cozinha!

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